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Parasitas do capital

1/6/2014

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     Foram os anos do New Deal de Roosevelt, a época mais próxima do fascismo que os Estados Unidos viveram, com ampla intervenção na economia, controle de preços e prisão de pequenos comerciantes por não o acatarem, confisco geral de ouro, tudo isso produzindo um péssimo resultado e postergando a recuperação econômica efetiva por vários anos.
     Por que esse tipo de política distributivista não funciona? Roberto Campos resumiu bem a questão: "Tributar pesadamente, tirando do mais capaz e do mais motivado para dar ao menos capaz ou menos disposto, em geral redunda em punir aqueles, sem corrigir estes".
A riqueza precisa ser criada. Não cai do céu, não é estática. Tampouco é estático o 1% dos mais ricos. O mecanismo de incentivos, portanto, é fundamental. Ninguém trabalha duro para deixar 80% para o Estado.
     Mesmo quando a riqueza é fruto de herança, ela só vai permanecer com o herdeiro se ele a investir adequadamente. Se o fizer, estará colocando a própria riqueza para trabalhar e gerar mais riqueza, beneficiando terceiros no processo. Basta pensar no capital investido ou emprestado para novos negócios produtivos. Já se o herdeiro for um playboy gastador ou filantropo, a fortuna logo mudará de mãos. Conhecemos alguns casos.
     Há outro problema: na prática, é inviável executar essa redistribuição de renda sonhada pelos igualitários tirando somente daqueles muitos ricos. Deixando de lado se seria justo ou não fazer isso, tal medida seria totalmente ineficaz. A classe média acabaria sendo vítima também.
     No fundo, quem ganharia seriam os burocratas do Estado, sob um enorme aparato centralizados de arrecadação. Ocorreria uma transferência de riqueza de todos para o governo. Para justificar isso, novas medidas compensatórias seriam adotadas. A consequência seria um enorme avanço do papel estatal na economia, ameaçando as liberdades individuais. Marx sabia disso. Era justamente o que desejava com a taxação acentuadamente progressiva e o confisco da herança.
     Curiosamente, a França de Piketty adotou há pouco tempo um imposto de 75% sobre os mais ricos, como os péssimos resultados esperados pelos economistas liberais. Houve debandada de empresários do país, e até o ator Gerárd Depardieu, defensor da "justiça social", decidiu ir embora. Sempre haverá países mais racionais dispostos a atrair os ricos com taxação menos punitiva.
     "A verdade, deplorável verdade, é que o gosto pelas funções públicas e o desejo de viver à custa dos impostos não são, entre nós, uma doença particular de um partido: é a grande e permanente enfermidade democrática de nossa sociedade civil e da centralização excessiva de nosso governo; é esse mal secreto que corroeu todos os antigos poderes e corroerá igualmente todos os novos." Quem escreveu isso foi o francês Alexis de Tocqueville (1805-1859). Profético.

     Os verdadeiros parasitas do capital não são os empreendedores nem os herdeiros legítimos, mas sim os burocratas e políticos que vivem para conficar cada vez mais de quem produz riqueza. E ela precisa ser produzida.

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